domingo, 26 de agosto de 2007

O ESTADO BRASILEIRO E AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS A PARTIR DOS ANOS 80

Lizia Helena Nagel

Introdução

Impossível pensar a educação fora do

espectro da contradição que põe lado a lado a

mudança e a permanência, que impõe novas

formas de trabalho no interior da mesma

relação de produção, que aciona velhas

atitudes apenas maquiadas pelo velho dogma

do mercado.



a análise que Ligia Nagel faz das Políticas Educacionais implementadas no Brasil a partir dos anos 80 ainda está presente no debate atual da Educação Brasileira principalmente após o Governo do Presidente Lula.

Os intelectuais brasileiros segundo o texto preocupados apenas com a abertura da democracia brasileira e o fim da ditadura militar em nosso país não perceberam a armadilha neoliberal já em curso na Educação. Com mudanças significativas na política brasileira o espírito de liberdade sobrepunha a uma análise mais crítica dos discursos dos presidentes da década de 80 e 90.

Nesse sentido é impossível pensar as mudanças em nosso país sem fazer uma reflexão histórica das mudanças do capitalismo e da nova ordem mundial. Analisar o chamado modelo taylorismo/fordismo, principalmente no Brasil aonde o capitalismo dependente nunca proporcionou um desenvolvimento econômico que superássemos a distribuição de renda desigual.

As mudanças na base da produção capitalista impulsionou mudanças nas políticas educacionais. Para os países endividados os organismos internacionais de financiamentos tinham dinheiro desde que cumprissem metas de acordo com o entendimento destes do que seria a superação da pobreza. A chamada globalização da economia exigia mudanças no nível de escolaridade que estava muito distante da proposta de participação nesta economia para o Brasil. Havia a necessidade de elevação de escolaridade básica comprometendo o avanço do ensino superior e a pesquisa base tecnológica futura.

O Paraná neste período foi um laboratório destas políticas na Educação. Com programas de Correção de Fluxo, fim do Ensino Médio Técnico Profissionalizante, desvalorização dos profissionais da Educação, Privatização do Ensino Superior, etc.

Comparando o conhecimento desenvolvido na década de 70 que ainda está em curso com a análise das políticas educacionais desenvolvidas principalmente na década de 90 segundo Lígia “ainda estão por ser examinadas no espectro da decadência da ciência e do oportunismo cívico, cujas conseqüências nossos netos sentirão.”

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